A situação está tão caótica que ultimamente não temos em quem votar. Temos que pensar em quem NÃO votar.
A direita nunca ficou tão confusa e dividida como aconteceu nestas eleições para prefeito de São Paulo 2024. Tínhamos candidatos, mas não tínhamos futuros prefeitos. Cada um com seu projeto, que particularmente não passavam de meras resenhas sobre o que o cidadão gosta de ouvir do que de fato projetos válidos, sem contar os projetos totalmente sem pé nem cabeça, que mesmo o cidadão mais leigo e desinteressado sobre política percebia a barbaridade das promessas em meio às campanhas políticas. Vou citar aqui os cinco principais candidatos, já que os demais, com todo respeito, não tinham qualquer chances de sequer aparecer nas pesquisas eleitorais.
Pablo Marçal, para mim, foi o Number One das besteirices. Não somente o candidato discursava absurdos como também se mostrou extremamente desrespeitoso com os demais concorrentes, a ponto de provocar e levar uma cadeirada do seu oponente em plena rede nacional. Dentre suas promessas mirabolantes, havia a extinção da Cracolândia, que atualmente é um problema crônico de sem-tetos viciados em drogas, principalmente o crack e a construção do prédio mais alto de São Paulo, para mostrar sua grandeza (Freud explica!!!).
Já José Luiz Datena, o autor da cadeirada, focava seus projetos na saúde como aumentar a carga horária de atendimento, acesso a especialistas diretamente pelo celular (sem precisr de encaminhamento) e máquinas de exames novas. Como prefeito, ele é um ótimo apresentador sensacionalista!
Tabata Amaral ganhou os holofotes por ser mulher. A bancada feminista estava com ela, mas ainda somos poucas e embora queimar o sutiã nos obrigue a trabalhar hoje com a opção de depilar ou não o sovaco, essa mesma energia não a colocou na prefeitura. Dentre seus projetos, ela sonhava em congelar os impostos por oito anos (mais tempo que o próprio mandato) e dar a oportunidade de intercâmbio a 200 alunos e 20 professores todo ano, uma vez que ela mesma estudou em Harvard e adorou a experiência com o Tio Sam.
Guilherme Boulos representou a esquerda e Ricardo Nunes a direita, que no primeiro turno dividiu com Pablo Marçal. Boulos foi muito apoiado por presidiários, haja visto que ele ganhou dentro do sistema carcerário, enquanto que Nunes foi apoiado pelos tradicionalistas cristãos. O problema é que, para citar um exemplo, Boulos apoia as saidinhas dos presos em épocas festivas (fato que aumenta o número de mortes, estrupros e roubos no período), e Nunes já teve problemas de corrupção na prefeitura, nos deixando na difícil tarefa de votar no MENOS pior.
Eu votei no Nunes.