A Amiga Inimiga

Contos e mais contos. Qual deles escrever? Parece que o mundo da imaginação correu por entre minhas mãos. Vou contar então uma história que envolve uma amiga da amiga da minha amiga, e obviamente o nome não citarei. Ela entra em sua vida como uma qualquer. Ela pode estar em uma festa, em um grupo de amigos, na escola, no trabalho, em qualquer lugar. Basta ela ser convidada por alguém. Quando você a conhece pela primeira vez, tanto ela influencia que depois de um tempo lhe dá dor de cabeça, náuseas, dor de estômago e até tremedeira. É duro ver alguém passar pelos sintomas que ela causa. A princípio, ela é uma amigona, mas depois que ela vai embora, você a quer de volta, chamá-la a qualquer custo. Mas não são todos que possuem seu telefone. Então você se desespera. Maldito dia que meu melhor amigo a conheceu. Eu estava junto, mas não dei muita atenção a ela. Ele sim. Ela o fez gastar fortunas, dinheiro que várias vezes ele nem possuía, só para mantê-la ao lado dele. Ele dizia que ela era engraçada, lhe dava ânimo quando mais precisava, e às vezes se sentia muito mais inteligente. Mas será que ele estava sendo inteligente estando ao lado dela? Até força e coragem para fazer aquilo que ele não conseguia ela ajudava. Mas também com ela vieram as brigas. A depressão, a infelicidade de ter-lhe confessado seus segredos. Ele não confiava mais em mim, só queria saber dela. Eu senti ciúmes, não nego. Mas eu não podia e nem conseguia fazê-lo parar de conversar com ela. Estava em toda parte, onde quer que estivéssemos, lá estava ela cumprindo seu papel de maldita. Era assim que eu a chamava. E ele sabia que eu não gostava dela. A repudiava, e sempre dava um jeito de ir embora do local que ela se encontrava, mas infelizmente eu não conseguia levar meu amigo embora comigo. Bruta, de seu jeitinho meigo, não é bonita nem feia, mas encanta. Não sei como. Livrar-se dela não é fácil. Já vi gente tentando não mais ter contato com ela, mas não conseguia. Uns conseguiram, mas havia outros que nem com reza se desfazia dela. Ela destrói sem jamais ser destruída. Imaginem só se até para casa eles a levam. E ela se acostuma a visitar constantemente, porque se sente parte da família, parte da sua vida. É uma praga. Praga essa difícil de aniquilar. Se um dia a conhecerem, fujam, ignorem-na, enquanto há tempo. Porque depois que você se acostuma, é um Deus nos acuda.